quarta-feira, 25 de março de 2015

5º ASPECTO DO PPA: ORGANIZACIONAL

Olá eu sou Samuel Marques e apresento hoje mais um aspecto relevante para os programas corporativos de preparo para a aposentadoria 

No aspecto psicológico falamos sobre o medo do trabalhador de ficar sem a empresa. 

Agora eu pergunto: a empresa também pode ter medo de ficar sem o trabalhador? 

É claro que sim. O aspecto organizacional vai refletir sobre a sucessão do empregado dando atenção especial à transição.

A sucessão interna é uma oportunidade do trabalhador deixar um legado na empresa e fechar com chave de ouro a geração de valor que ele sempre ofereceu. 

Existem saberes que somente os anos de trabalho proporcionam. 

Alguns chamam isto de metacompetência, ou seja, a reunião do conhecimento técnico, habilidades de relacionamento e uma atitude positiva que potencialize os resultados do trabalho.

Vejamos o exemplo da cultura organizacional. Os funcionários mais jovens querem mostrar serviço e muitas vezes “atropelam” as fases que a cultura organizacional estabelece. 

E onde está escrito a cultura organizacional? Em lugar nenhum: a convivência naquela empresa vai demonstrar o jeito como ela faz os negócios, os princípios que segue e são aceitos por todos.

Você pode fazer a coisa certa do jeito errado e complicar as relações humanas no ambiente de trabalho. 

A proposta mais inteligente que já vi nesta área é a formação de duplas entre um veterano e um novato. 

Enquanto o novato aproveita a experiência, o veterano é estimulado a experimentar novas tecnologias e maneiras de fazer o trabalho.


O livro de Mário Sérgio Cortella questiona com propriedade: “Qual é a tua obra”, ou seja, o que você criou, no que se empenhou durante a vida? 

Podemos fazer esta reflexão no trabalho e depois documentar, transferir esta obra para um sucessor.

Mas atenção: as pessoas não contribuirão com um projeto destes se não perceberem que a empresa tem regras claras e transparentes a respeito desta sucessão. 
Muitas empresas estabelecem uma idade limite. Caso o funcionário não se desligue antes daquele prazo, está claro que será demitido. É o que acontece com os executivos do Bradesco aos 65 anos e do Itaú aos 60.

Na ausência desta regra, é importante trabalhar com os prazos que a própria pessoa estabelece junto com sua chefia ou RH. 

Se ficou determinado que deixará a empresa em seis meses, este é o período que ele terá para transmitir o conhecimento que permita a outra pessoa dar seguimento às suas funções. 

A importância deste processo varia conforme o cargo da pessoa.

Qual será o legado do futuro aposentado?

O que precisará saber aquele que vai continuar o seu trabalho?

Esta é uma reflexão importante no aspecto organizacional do seu PPA que valoriza a história do funcionário que se aposenta, além de preservar o capital intelectual na empresa. 

Prof. Samuel Marques


Nenhum comentário:

Postar um comentário