quarta-feira, 8 de abril de 2015


 3 Centavos... ou balinha de troco

3 Centavos. Que importância tem para você?

Foi notícia no meio jurídico a recente decisão dos tribunais da Justiça do Trabalho a respeito da quantia de 3 centavos.

Para recorrer de uma decisão do tribunal da Bahia, uma empresa deveria recolher R$ 9.617,29 em custas judiciais. O recurso não foi aceito porque o depósito tinha três centavos a menos.

Além de curiosa, a notícia alerta para um princípio de finanças pessoais. O Tribunal Superior do Trabalho em Brasília usou o seguinte argumento: a razão não é a quantia faltante e sim a abertura de um precedente, a quebra de um princípio.

Se fosse aceito o recurso, o que seria dito aos próximos que errarem o valor da guia? Se com 3 centavos passou, porque não com 10 centavos, 1 real ou 1.500 reais? Aberta a exceção, a famosa “brecha na lei”, todos poderão passar por ela.

Perceba que os bancos também estão atentos a cada centavo de todos os caixas da sua rede. Você poderia argumentar: ora, são apenas centavos. A resposta do banco seria: desprezar o controle destes centavos vai gerar um prejuízo de milhões. O problema não está na quantia, está na quebra do princípio de organização financeira.


Em finanças pessoais é a mesma coisa.

Alguns simplesmente não ligam para o troco em balas, para os 5 centavos que o cobrador do ônibus não devolve, para 1 real que fica com o taxista quando a corrida ficou em R$ 19,00 e você passa uma nota de vinte.

Quem não liga para os centavos geralmente não liga também para as taxas de juros, as tarifas, o custo de oportunidade. Na brecha dos centavos, passam os reais inteiros, as dezenas e os milhares.

A Associação dos Executivos em Finanças (ANEFAC) informa que 95% dos brasileiros contratam empréstimos sem saber qual é a taxa de juros da operação. Eu acredito que são os mesmos que não acreditam que 3 centavos mereçam atenção.

Ficou claro que para a Justiça brasileira e para os bancos mais vale a organização financeira, o controle, do que a quantia.

E no seu caso como funciona? 

Três centavos é dinheiro pra você?


Um abraço,
Prof. Samuel Marques
A Formiga e a Cigarra

Era uma vez um formigueiro altamente organizado e produtivo.

Nele trabalhavam milhares de formigas produzindo veículos de alto desempenho, sem deixar de lado a preocupação com o meio ambiente e a segurança de quem utilizaria seus produtos.

Certo dia uma cigarra foi contratada para trabalhar na linha de montagem e a formiga que chefiava o setor ficou encarregada de lhe passar as orientações de integração.

Depois de muita conversa a formiga chefe não teve certeza de que a cigarra entendeu todas as instruções, até porque ela vinha de uma outra cultura e não entendia bem o formiguês que era a língua oficial dos negócios das formigas.
A formiga chefe decidiu então que a convivência com os colegas de trabalho provavelmente iria ensinar tudo o que era preciso para o trabalho da cigarra.

O tempo foi passando e a convivência ensinou mesmo muita coisa. Mas alguns aspectos da cultura do formigueiro não eram percebidos pela cigarra, como por exemplo, o fato de que suas colegas formigas estavam estocando alimentos para o inverno.

Todos os meses as formigas reservavam parte da cota de alimento que recebiam na fábrica do formigueiro e levavam para suas próprias casas, onde guardavam em pequenos potes de conserva.  
Na concepção das formigas, parte do alimento recebido deveria ser reservado para fazer festa no futuro, no tempo do inverno. Por isto, assim que elas recebiam a comida, já separavam uma porção para o pote de conserva.
Image
Mas na cultura das cigarras era tudo bem diferente. Para uma cigarra todo alimento é motivo de festa no presente. Nada de esperar para depois.

É servir e comer tudo. Mantendo este hábito, a cigarra recebia seu alimento e sempre dava festas, consumindo tudo naquele mesmo mês, sem guardar nada para o inverno.

O assunto de fazer conserva de alimentos sempre era comentado no formigueiro, mas infelizmente a cigarra não prestava muita atenção porque achava aquilo muito estranho.

Na sua cultura natal ninguém guardava comida pra depois. Por que ela passaria a guardar agora?

Mas um belo dia, o inverno chegou. O formigueiro dispensou todos os colaboradores e como o frio era intenso, as formigas se recolheram em suas casas. Agora elas tinham bastante alimento e não precisavam sair no frio para encontrar alguma coisa.

Protegidas em seu abrigo com ar condicionado, elas faziam fondue de chocolate e convidavam os amigos para festejar o inverno, um tempo que para elas era de alegria e convivência em família, sem a necessidade de pensar em trabalho.

A cigarra, no entanto, sofreu bastante. Em vez de fazer festa e conviver com a família, ela precisou sair do seu abrigo e buscar comida num momento inadequado, passando frio e arrependendo-se de não ter seguido a cultura das formigas.

Felizmente o inverno passou e o formigueiro voltou à atividade. A cigarra foi chamada novamente para trabalhar e desta vez já havia compreendido melhor a cultura que reinava por ali, inclusive sobre fazer conserva de alimentos e considerar o inverno como um tempo de festa.

Ela conversou bastante com a formiga chefe e pediu conselhos sobre como ter mais tranqüilidade quando voltasse a fazer frio. Percebendo que ganhara uma nova chance, a cigarra se inscreveu num curso sobre como guardar comida em potes de conserva e ensinou tudo para sua família, de maneira que eles também passaram a ajudar nesta nova tarefa.

Hoje a cigarra tem bastante comida em conserva e não tem mais medo da chegada do inverno.

** Imagem: ilustração do projeto Gutenberg, postada na Wikipedia.

Prof. Samuel Marques

quarta-feira, 25 de março de 2015

6º ASPECTO DO PPA: SEGURANÇA JURÍDICA 

Olá eu sou Samuel Marques e apresentei a você os principais aspectos de um PPA.

Lembrando que todo o conteúdo dos 6 aspectos do PPA podem ser acessados na página de vídeos deste Blog. 
  
Hoje será o nosso último tema  segurança jurídica

Segurança jurídica pessoal e familiar é um tema que tenho proposto com muito sucesso nos PPA em que o Instituto Samuel Marques atua.
  
Trata-se das reflexões sobre a necessidade de regularizar documentos pessoais, patrimoniais e a possibilidade de dispor o destino dos bens com o menor impacto possível.

Como advogado, eu atuei num inventário que se arrastou por 25 anos, causando enorme prejuízo emocional e financeiro para todos os envolvidos.

Regularizar documentos pessoais significa colocar em ordem as coisas que vamos deixando pra depois: 
  •  imóveis sem escritura,
  • escrituras sem averbação de reformas, veículos comprados que continuam em nome de terceiros, veículos vendidos que continuam sem transferência e coisas deste tipo.

 A pergunta a se fazer é: 
  • existe segurança jurídica para sua família a respeito de todos os bens?

 E mais:
  •  Se existe um seguro de vida, quem vai receber?
  • Se existe previdência privada, quem são os beneficiários?
  • Se existe dinheiro aplicado no banco, a conta é conjunta?

Muita gente não quer pensar no assunto, mas no caso de uma fatalidade o dinheiro que está no banco ficará indisponível até que se consiga uma ordem judicial.

 O PPA pode propor reflexões sobre a possibilidade dos participantes: 
  • Cuidarem da herança ou inventário de seus pais;
  • Fazer um testamento dos próprios bens;
  • Doar os bens em vida, reservando o usufruto;
  • Colocar os imóveis numa empresa, para reduzir a carga tributária;

Atendi em coaching um funcionário público que ocupava um alto cargo em sua repartição. Ele era solteiro, sem filhos, os pais já falecidos e ele queria saber como poderia dar o destino desejado aos seus bens.

Sem ter um único familiar ele queria proporcionar segurança jurídica quanto a  alguns bens, para pessoas de seu convívio.

Atitude louvável que todos podem adotar.
  

O conhecimento sobre segurança jurídica dos bens pode ser muito útil para os participantes do seu PPA.

Prof. Samuel Marques.
5º ASPECTO DO PPA: ORGANIZACIONAL

Olá eu sou Samuel Marques e apresento hoje mais um aspecto relevante para os programas corporativos de preparo para a aposentadoria 

No aspecto psicológico falamos sobre o medo do trabalhador de ficar sem a empresa. 

Agora eu pergunto: a empresa também pode ter medo de ficar sem o trabalhador? 

É claro que sim. O aspecto organizacional vai refletir sobre a sucessão do empregado dando atenção especial à transição.

A sucessão interna é uma oportunidade do trabalhador deixar um legado na empresa e fechar com chave de ouro a geração de valor que ele sempre ofereceu. 

Existem saberes que somente os anos de trabalho proporcionam. 

Alguns chamam isto de metacompetência, ou seja, a reunião do conhecimento técnico, habilidades de relacionamento e uma atitude positiva que potencialize os resultados do trabalho.

Vejamos o exemplo da cultura organizacional. Os funcionários mais jovens querem mostrar serviço e muitas vezes “atropelam” as fases que a cultura organizacional estabelece. 

E onde está escrito a cultura organizacional? Em lugar nenhum: a convivência naquela empresa vai demonstrar o jeito como ela faz os negócios, os princípios que segue e são aceitos por todos.

Você pode fazer a coisa certa do jeito errado e complicar as relações humanas no ambiente de trabalho. 

A proposta mais inteligente que já vi nesta área é a formação de duplas entre um veterano e um novato. 

Enquanto o novato aproveita a experiência, o veterano é estimulado a experimentar novas tecnologias e maneiras de fazer o trabalho.


O livro de Mário Sérgio Cortella questiona com propriedade: “Qual é a tua obra”, ou seja, o que você criou, no que se empenhou durante a vida? 

Podemos fazer esta reflexão no trabalho e depois documentar, transferir esta obra para um sucessor.

Mas atenção: as pessoas não contribuirão com um projeto destes se não perceberem que a empresa tem regras claras e transparentes a respeito desta sucessão. 
Muitas empresas estabelecem uma idade limite. Caso o funcionário não se desligue antes daquele prazo, está claro que será demitido. É o que acontece com os executivos do Bradesco aos 65 anos e do Itaú aos 60.

Na ausência desta regra, é importante trabalhar com os prazos que a própria pessoa estabelece junto com sua chefia ou RH. 

Se ficou determinado que deixará a empresa em seis meses, este é o período que ele terá para transmitir o conhecimento que permita a outra pessoa dar seguimento às suas funções. 

A importância deste processo varia conforme o cargo da pessoa.

Qual será o legado do futuro aposentado?

O que precisará saber aquele que vai continuar o seu trabalho?

Esta é uma reflexão importante no aspecto organizacional do seu PPA que valoriza a história do funcionário que se aposenta, além de preservar o capital intelectual na empresa. 

Prof. Samuel Marques


4º ASPECTO DO PPA - QUALIDADE DE VIDA


O brasileiro está vivendo mais. De 1960 até 2012 houve um salto de 20 anos na expectativa no Brasil, que era de 54 anos e passou para 74. (*dados do banco mundial).

Quem tivesse 60 anos era considerado idoso, pessoa de sorte que havia superado a expectativa de vida média da população.

Hoje as pessoas de sessenta anos sentem-se jovens e completamente capazes de iniciar uma nova carreira.

Há um vídeo na internet da famosa atriz e ativista social Jane Fonda em que ela pergunta o que faremos com a “outra vida” que ganhamos.
  
Ela propõe o seguinte raciocínio: se vamos viver vinte anos a mais, carregando conosco toda a experiência acumulada ao longo dos cinquenta anos vividos antes, certamente temos condições de fazer coisas incríveis.
  
Você duvida? Então ouça esta: há alguns anos atendi uma executiva que pretendia aposentar-se mais cedo porque queria cursar medicina. Ela realmente deixou a empresa e não nos vimos mais.

Outro dia ela postou no Facebook que um neto de 6 anos a acompanhou na aula de Histologia e achou incrível o fato de termos duas bombas dentro do coração.

 Viver mais é fantástico, todo mundo quer. O que ninguém quer é viver mal.

Não será uma vantagem viver muitos anos se eles trouxerem sofrimento.

Por isto é importante refletir no seu PPA sobre o seguinte: a qualidade de vida na velhice está diretamente ligada a três fatores: renda, saúde e assistência.

Renda é assunto para o aspecto financeiro. A saúde e a assistência serão discutidos neste aspecto do seu PPA.

O sedentário que trabalha o dia todo sentado, pode entender que a happy hour – ainda sentado - seja o máximo da qualidade de vida. Pode não ser muito saudável mas é isto que ele deseja fazer no momento.

Como cada um é dono de sua vida, a qualidade de vida é algo subjetivo que o PPA deve abordar de forma objetiva.

A razão é simples: o modo como nos comportamos hoje está moldando (já e agora) a qualidade de vida que teremos no futuro.

Nós obrigamos as crianças a irem pra escola porque sabemos que a leitura e a escrita vão contribuir decisivamente para a independência delas no futuro.

Do mesmo modo, aqueles que prejudicam o seu corpo no presente vão receber a conta na velhice.

Sabendo que algumas doenças estão diretamente relacionadas aos hábitos que foram cultivados ao longo de décadas como o cigarro, o sedentarismo e o álcool em excesso, talvez o preparo para a aposentadoria seja um momento para refletir a mudança destes hábitos.

Ainda sobre saúde, o programa pode refletir sobre a necessidade de fazer um check-up anual usando as facilidades do plano de saúde oferecido como um benefício pela empresa.

Quanto à assistência na velhice, as relações familiares são decisivas.

Construir relações saudáveis e aprofundadas com o cônjuge, filhos e netos é muito importante.

As chamadas relações intergeracionais serão sempre uma via de mão dupla em que os mais jovens absorvem saber e experiências retribuindo com carinho e atenção aos mais velhos.

Em algumas regiões as migrações em busca de trabalho reduzem a população de adultos e crianças.

Isto afeta o perfil dos cuidados recebidos. Uma pesquisa brasileira revelou que é comum o homem idoso ser cuidado pela esposa, enquanto a mulher idosa é cuidada pelas amigas. As mulheres além de cuidarem mais de sua própria saúde ao longo da vida, também cuidam da saúde do marido que não deu importância ao tema.
  
Gosto ainda da abordagem da escritora Miriam Goldenberg que propõe a “bela velhice” com atitudes que eu resumi da seguinte maneira: cuidar da saúde, do bolso, ter amigos, dar risada e aprender a dizer não.

Isto faz sentido pra você? É provável que também faça para os participantes do seu PPA.

E por último, o mais importante: um projeto de vida.
  

Para criar um projeto de vida abrangente, dando atenção às várias áreas que compõem o ser, eu recomendo a ferramenta Roda da Vida, criada pelo meu amigo Armelino Girardi, ele mesmo um profissional de RH aposentado e agora, um consultor em PPA.

Renda, saúde, assistência e projeto de vida são as reflexões que o aspecto de qualidade de vida do seu PPA devem propor aos participantes.

 Prof. Samuel Marques

3º ASPECTO DO PPA: PREVIDENCIÁRIO

Previdência é um tema técnico e complexo.

Mas apesar de não parecer, os aspectos ligados à previdência são positivos e favoráveis a todos nós.

Sei que é difícil pensar de forma positiva ao ouvir termos como fator previdenciário, cálculo atuarial, expectativa de vida, regime de acumulação e outros.

Entretanto, um conhecimento básico de previdência é fundamental e pode contribuir muito com os participantes de um PPA.

 O primeiro tema a ser explorado é a inserção do trabalhador no sistema.

É muito importante que ele saiba por exemplo: a qual regime de previdência pertence; quais são as regras aplicáveis; quando ele poderá requerer a sua  aposentadoria; qual será o valor de benefício estimado.

 Se o PPA será implantando num órgão público, alguém deve ser convidado para explicar o Regime Próprio dos Servidores.

O próprio INSS disponibiliza ações de conscientização sobre o Regime Geral, ao qual a maioria dos trabalhadores da iniciativa privada são obrigatoriamente filiados.

  Conhecer as regras que regem o Estado e utiliza-las a seu favor é um dos pressupostos do pleno exercício da cidadania.

Quando alguém não exercita um direito por puro desconhecimento, temos aí uma falha coletiva, como sociedade.

 Neste sentido tenho acompanhado algo curioso nos PPAs onde o Instituto atua: os homens se esquecem da esposa.

Além do aniversário de casamento, eles esquecem também que ela pode se aposentar por idade com a renda de um salário mínimo.

 Parece pouco dinheiro? Não é. Trata-se de uma renda vitalícia, sem prazo para terminar, e que ainda pode se transformar em pensão para o marido!

 Outra questão que pode ser abordada é o fator previdenciário.

 De forma simplificada podemos dizer que o fator previdenciário é um redutor do benefício de quem se aposenta mais cedo.

Funciona como um desestímulo às aposentadorias precoces. Isto afeta o caso dos participantes do seu PPA? É bem provável que sim.

 Por fim, é muito importante que se discuta as regras da previdência privada, como o aproveitamento tributário e as particularidades do plano oferecido pelo fundo de pensão instituído pela empresa, se houver.

 O aumento nas adesões ao fundo de pensão é uma das metas do Instituto nas empresas onde implantamos o programa de educação financeira ou um PPA.

 Estes e muitos outros temas poderão ser discutidos no aspecto previdenciário com grande proveito aos participantes.


Prof. Samuel Marques


 2º ASPECTO DO PPA:  FINANCEIRO

O aspecto financeiro geralmente é classificado pelos participantes de um PPA como um dos mais importantes

porque os seus efeitos práticos são percebidos de forma rápida e concreta.

Financeiramente falando, a aposentadoria pode ser traduzida como um momento de redução de renda e aumento das despesas.

O aspecto financeiro de um PPA deve conscientizar os participantes da necessidade de tomar duas atitudes fundamentais:

a)    deixar a empresa com endividamento zero; e
b)   ampliar as suas fontes de renda na aposentadoria.

Entrar na aposentadoria com dívidas não parece ser um bom plano.

Tenho difundido a ideia de que a primeira ação de PPA de qualquer empresa deve ser um programa de educação financeira com o objetivo simples e explícito de reduzir o endividamento.

Quanto às fontes de renda, quais são as alternativas? Se sabemos que a aposentadoria oficial será menor do que o salário da ativa, que outra fonte de renda pode ser criada?

  O aspecto financeiro de um PPA deve despertar o interesse das pessoas em contribuir com o fundo de pensão

geralmente existe uma contrapartida da empresa, o fundo pratica baixas taxas de administração e obtém ótimos rendimentos.

Aderir ao fundo de pensão instituído pela empresa é quase uma obrigação.

Já O segundo emprego é desgastante. Mas vejo muita gente feliz por lecionar à noite. Assumindo poucas aulas enquanto não se aposenta, a pessoa pode preparar uma ótima atividade para o futuro.

Profissionalizar um hobby é uma ótima ideia: as pessoas vão pagar pra você fazer o que gosta.

Quanto ao negócio próprio recomendo cautela. Tenha cuidado com as pretensões empreendedoras de quem participa de um PPA.

Muita gente liga a palavra empresário a um glamour desmedido, fantasiando um estilo de vida composto por muito tempo livre e ganhos astronômicos, quando a realidade costuma ser inversa: muito trabalho e retorno lento.

Alguns precipitam a decisão de empreender apenas para retomar seu status perdido com a saída da empresa.

Esta é uma questão de difícil abordagem em atividades coletivas e extremamente sensível entre funcionários mais graduados.

Para estes, nós oferecemos atenção diferenciada por meio do atendimento em coaching.

Além da meta de zerar o endividamento e de buscar novas fontes de renda, o aspecto financeiro pode englobar diversas outras discussões como a que chamo de “desmame dos filhos”, ou seja, cortar o cordão umbilical de quem já é totalmente capaz de tocar a vida com independência.

 Como eliminar as dívidas?

Como obter mais renda?

Como ampliar a independência de filhos?

 São reflexões que o aspecto financeiro do seu PPA deve abordar.


Prof. Samuel Marques


segunda-feira, 23 de março de 2015


Você sabe quais são os 06 Aspectos Centrais do PPA? 


1º ASPECTO DO PPA:  PSICOLÓGICO


Neste tema, o programa de PPA vai explorar o autoconhecimento dos participantes e seu nível de conforto com a própria aposentadoria.

A negação é a primeira fase a ser vencida do preparo para a aposentadoria.

Aos olhos da sociedade o trabalho concede status, enquanto a aposentadoria o elimina. Nos orgulhamos do emprego e nos envergonhamos da aposentadoria. 

A síndrome de Peter Pan alcança meninos e meninas de qualquer idade impedindo que vejam uma pessoa de meia idade no espelho. 

Nos vemos eternamente jovens.

 A aposentaria não é o problema. O problema é que as pessoas não sabem ao certo o que esperar das mudanças trazidas pela aposentadoria.

O aspecto psicológico do PPA cumprirá a sua função refletindo a aceitação de um novo e natural ciclo de vida, diferente dos demais, mas carregado de possibilidades de boas experiências.

Sentir medo do desconhecido é natural.

A questão é que, quando mal administrados, estes medos podem resultar em depressão, doenças da mente e do corpo ou ainda propiciar a busca por muletas psicológicas como o álcool, jogos de azar e outros.

E quais são os principais medos?

Veja a seguir a lista dos medos que preparei com a ajuda da dra. Neiva Melamed, excelente profissional de psicologia com quem tenho a honra de compartilhar alguns projetos de PPA: 

Medo do desconhecido (da nova rotina desconhecida, como será?);

Medo de não saber usar ou aproveitar o tempo a seu favor (não saber o que fazer com ele/ ter tempo em demasia);

Medo da perda da influência, reconhecimento, status e do poder (conforme a posição que ocupa);

Medo das perdas de ordem prática: salário, benefícios, plano de saúde, lidar com as restrições de consumo que a nova realidade traz;

Medo da visão social associada ao estereótipo de aposentado e;

Medo existencial: medo do envelhecimento e de não poder realizar os seus planos.  

Na prática, o aspecto psicológico do PPA deve propor aos participantes diversas reflexões sobre as mudanças na rotina.

Os homens sofrem com a reinserção no convívio familiar. Diferente da maioria das mulheres, os homens “não sabem fica em casa”, tem dificuldade para encontrar prazer nas atividades do lar e acabam complicando a rotina doméstica já estabelecida pela esposa e filhos.

Homens e mulheres constroem um círculo de amizades exclusivamente com pessoas do ambiente de trabalho sem possuir vínculos relevantes em nenhuma outra esfera de convivência, até mesmo da própria família.

Ao refletirem sobre a aposentadoria perceberão que a saída da empresa pode se transformar em isolamento dos assuntos, das pessoas e dos lugares que ele frequenta atualmente.

Desenvolver um convívio significativo com a família e com um grupo de amigos não ligados ao trabalho será uma ótima reflexão neste contexto.

Tudo isto pode ser abordado no aspecto psicológico do seu PPA .


Prof. Samuel Marques

sábado, 21 de março de 2015

Seu Ídolo do futebol... Aposentou 

Qualquer dia desses será a sua vez



Olá eu sou Samuel Marques e vou oferecer a você o passo a passo do preparo para a aposentadoria.

Você sabia que a aposentadoria é um conceito novíssimo na história da humanidade? Em nenhum outro momento a sociedade foi capaz de suprir uma fonte de renda para as pessoas que não estão trabalhando.

O cuidado com os idosos ficava exclusivamente a cargo da família e o melhor plano de aposentadoria era ter muitos filhos e contar com a solidariedade deles durante a velhice.

Entretanto hoje, uma pessoa que trabalhou durante muitos anos pode receber uma renda vitalícia mesmo depois que deixar a sua atividade profissional.

A aposentadoria é um prêmio, uma conquista daqueles que oferecem sua contribuição para a economia e o desenvolvimento do seu país.
Mas infelizmente esta não é a percepção das pessoas que estão próximas de se aposentar. Para estas, a aposentadoria se apresenta como um período de difícil transição, de incertezas sobre a renda, de perda dos privilégios e das amizades do trabalho e de muito medo de que o rótulo de aposentado o transforme em alguém ultrapassado, usando pijamas ao meio-dia e que não tem um projeto de vida.
Talvez este seja um retrato bem específico de um grande número de pessoas da sua empresa neste exato momento.
Agora imagine se estas pessoas puderem compartilhar os seus medos num grupo daqueles que passam pela mesma situação;
Imagine que eles construam o projeto de uma outra carreira e sintam-se estimulados a vivenciar esta nova etapa em suas vidas;
Se você imaginou esta situação ocorrendo aí na sua empresa, então você já tem o rascunho de um programa de preparo para a aposentadoria.

Agora eu quero discutir este rascunho com você acrescentando uma sólida base teórica e as dicas práticas de quem prepara pessoas para a aposentadoria há 11 anos e já apresentou até uma série de TV sobre o tema.


Baixe gratuitamente o e-book: Seu ídolo do futebol... Aposentou





Prof. Samuel Marques