quarta-feira, 30 de março de 2016

O cliente de 1 milhão de reais

por Samuel Marques. Ele cruzou a porta com passos largos, me cumprimentou com um firme aperto de mão e disparou: no dia em que eu me aposentar, quero ter um milhão na conta.

Uau! Não é sempre que encontramos pessoas determinadas e com um objetivo tão específico.

Na verdade, um dos maiores benefícios do trabalho de coaching é definir com clareza o que a pessoa quer. A maioria simplesmente não sabe o que deseja da vida, dos relacionamentos, do emprego e também da vida financeira.

Isto não é um defeito, mas quando vivemos sem um objetivo surgem duas possibilidades:
a) atingiremos bons resultados de forma inconsciente e por isto, não serão valorizados; ou
b) não atingiremos bons resultados e um belo dia, vamos perceber que a vida passou e não fizemos o que podia ser feito.

É claro que a segunda opção é a mais frequente e forte motivo de arrependimento na aposentadoria. É por isto que fiquei muito feliz quando este cliente já chegou com um objetivo em mente. Ele tinha um número. Era o cliente de um milhão de reais.

Sabendo o quê queria e quanto queria, nós só precisamos trabalhar o quando e o como. Ou seja, qual o prazo para acumular o milhão e quais os passos necessários para juntar o dinheiro dentro da expectativa.

Mas ao contrário dele, tenho conversado com muita gente que não tem a menor ideia de quanto dinheiro pretende acumular para a sua aposentadoria. A falta de uma meta impede a formação de poupança, atrapalha a boa gestão dos investimentos e vai gerar frustração no futuro.

Foi por isto que eu fiquei curioso ao ouvir um número específico para a aposentadoria, vinda do presidente da Black Rock, a maior gestora de ativos do mundo.

Robert Capito, esteve no Brasil para participar do Congresso Internacional do Mercado de Capitais, organizado pela BMF&Bovespa, e manifestou sua preocupação com o pequeno grupo de pessoas que já acumulou mais de 25 mil dólares para a aposentadoria.

Na opinião dele, aqueles que não fazem reservas tendem a continuar trabalhando e diminuem o número de postos de trabalho para os mais jovens. Também em função delas, os governos fazem movimentos regulatórios no tocante à aposentadoria que atingirão a todos nós, os que foram previdentes e os que não fizeram nada.

Percebe a dimensão do problema? Se não fizermos algo sobre a própria aposentadoria é certo que teremos problemas no futuro. Se tivermos problemas no futuro, o governo será chamado a agir. Se o governo agir, todos serão atingidos pelas medidas.

Isto é a mais pura realidade no Brasil de hoje. Por isto resolvi elaborar um desafio e espero que você aceite: acumular mais de 100 mil reais (25 mil dólares) para a sua aposentadoria.

Não é aquela poupança para trocar de carro ou comprar um apartamento novo. É o dinheiro guardado com visão de longo prazo, reservado para o momento em que você vai deixar de receber o seu salário como funcionário e contar apenas com o benefício do INSS.

Ao refletir sobre isto, você vai estabelecer o seu número.

Lembra do cliente de um milhão? Pois bem, três anos depois da primeira conversa, nós nos encontramos de novo. Com a objetividade de sempre ele me cumprimentou dizendo: Já tenho oitocentos!

A quantia que ele deseja é dez vezes maior do que o valor mínimo proposto pelo presidente da Black Rock. Mas eu não tenho dúvida de que ele vai bater a meta antes do prazo estabelecido. 

De volta ao meu desafio, proponho que você calcule quando será possível acumular os primeiros 100 mil reais para a sua aposentadoria. Você pode gostar da brincadeira e continuar em frente, na busca por quantias maiores.

O importante é ter um número e começar.
O primeiro número é 25 mil dólares.

Quando você vai dar o primeiro passo?

Grande abraço,

Artigo publicado originalmente no Portal Bolso e Futuro

Já pensou na sua herança?

Por Samuel Marques. Conheça 3 medidas simples para evitar problemas familiares e jurídicos no momento de lidar com a transmissão de bens entre gerações.

Outro dia estava lendo uma matéria sobre as dificuldades da família do grande arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer, morto em 2012, e pra falar a verdade o texto me fez sorrir.

Foi divertido porque a cada parágrafo eu identificava uma das oito falhas bem comuns nos processos de sucessão familiar, conforme tenho alertado a todos que passam pelo coaching de preparo para aposentadoria.  

E por que eu digo que o preparo da aposentadoria é um bom momento de pensar em sucessão familiar? Porque geralmente as pessoas que estão próximas da aposentaria possuem dois processos de sucessão em andamento: o primeiro é o recebimento de bens vindos de seus pais ou sogros e o segundo processo de sucessão é sobre a transmissão dos próprios bens para os filhos/herdeiros.

Nesta sessão de coaching, minha primeira pergunta é sobre a experiência da pessoa com o tema “herança”. Muita gente tem péssimas lembranças de um inventário caro e demorado. Outros receberam bens de forma planejada, mas não estão planejando a passagem para a próxima geração. Por fim, existem aqueles que não tem qualquer experiência porque não receberam bens da geração anterior, mas agora tem muita coisa para transmitir aos herdeiros.

Depois de ouvir a experiência prévia da pessoa, costumo alertar para os erros mais comuns indicando 3 medidas simples, que qualquer pessoa pode adotar com rapidez, com o objetivo de facilitar a sucessão de bens.

Estas medidas podem ser aplicadas tanto na vida dos pais e sogros, quanto na sucessão de bens da própria pessoa (ou casal) que está se preparando para a aposentadoria. Vamos então à lista:


1) Manter conta conjunta
 Imagine a seguinte situação: o casal tem imóveis e mais de 700 mil reais em investimentos bancários. O marido envolveu-se num acidente de carro e menos de uma semana depois, deixou a esposa, filhos e netos.

Neste momento surgiu um novo problema para a viúva: a conta bancária tinha como titular apenas o marido. Depois de contratar um advogado e ficar sem dinheiro até para pagar as compras no supermercado, ela obteve a ordem judicial permitindo movimentar a tal conta no banco.

Esta é a primeira recomendação para os casais: mantenham algum dinheiro em conta conjunta. Compartilhar a titularidade é algo simples, que exige apenas os documentos pessoais e meia hora de conversa com o gerente.

Aos que não tem cônjuge, vale a possibilidade de ter conta conjunta com filho ou outro herdeiro.


2) Atualizar beneficiários de seguro e previdência
Vou contar mais uma história da vida real. O funcionário de uma grande metalúrgica em São Paulo mantinha um ótimo seguro de vida. Um belo dia ele faleceu e a esposa foi receber o seguro.

Acontece que ele estava no segundo casamento há mais de dez anos e não atualizou o nome do beneficiário que continuava sendo... adivinhe? Acertou! A primeira esposa.

É claro que a esposa atual ficou inconformada com a possibilidade de ceder espaço para a ex e é claro que a seguradora apresentou o documento assinado pelo segurado anos atrás indicando o nome da beneficiária do seguro.

Foi tudo pra justiça. E a ex ganhou.

Então, por razões óbvias, eu recomendo aos clientes que verifiquem a lista de beneficiários de seguros e também dos planos de previdência complementar.


3) Coloque a papelada em ordem
Muitas pessoas deixam de formalizar seus negócios.  Alguns querem se esconder do fisco, outros não desejam revelar uma aquisição para a família e assim vão deixando de passar uma escritura, redigir um contrato, definir uma situação. 

Num processo de inventário que atuei, o autor da herança era um fazendeiro que fazia muitos negócios no “fio do bigode”. O resultado foi que levamos vários anos transformando em contratos as negociações que ele fez na base da confiança.

Surgiu um espertinho que dizia ter recebido em empréstimo o imóvel que na verdade estava alugado, mas sem contrato. Outro alegou ter quitado um empréstimo que todos sabiam não estar nem na metade do pagamento. Uma casa tinha sido comprada cinco anos antes do falecimento dele, mas ainda estava sem escritura.

Não preciso comentar o desgaste dos herdeiros com a situação. A renda proveniente dos bens da herança caiu para menos de 20% do que era recebido pelo pai deles em vida, e só foi restaurada à metade quase dois anos depois.

A partir de experiências como estas, eu sempre recomendo aos clientes que coloquem a papelada em dia, tudo preto no branco gerando mais segurança nos negócios e menos custos na sucessão.

Como você percebeu, todas estas medidas são extremamente simples.

Elas demandam pouco esforço e vão gerar um resultado muito positivo pra você se forem aplicadas ao patrimônio de seus pais e sogros. De igual modo, trarão mais tranquilidade para seus filhos e herdeiros quando eles tiverem que assumir a titularidade dos seus bens.

Você já tinha pensado nisto?
Vamos lá, é hora de agir.

Grande abraço,

Artigo publicado originalmente no Portal Bolso e Futuro

Não aposte todas as fichas

Por Samuel Marques. Estou tentando entender porque uma pessoa organizada, que tem poupança há anos, de repente usa todo o seu dinheiro num único negócio e ainda fica devendo.

Sabe aquela pessoa financeiramente organizada e que sempre mantém um dinheiro aplicado no banco? Pois bem, minha dúvida é sobre o motivo que leva estas pessoas consideradas “certinhas” em termos financeiros, a usarem todo o dinheiro disponível quando decidem fazer um negócio.

Veja estes exemplos:
a) um homem tinha 700 mil reais. Decidiu comprar uma casa anunciada por 800 mil e pechinchou até o vendedor aceitar 750. Usou toda sua reserva e ainda ficou devendo;

b) uma mulher tinha 250 mil e decidiu abrir uma franquia. No ramo que ela pretendia atuar existem ofertas entre 15 e 300 mil. Depois de uma pesquisa, ela escolheu uma franquia que custa 250 mil, exatamente o valor que possuía;

c) um homem queria trocar seu carro de 30 mil e para isto contava com mais 20 mil guardados no banco. Visitou algumas concessionárias e comprou um carro de 80 mil. Entregou seu carro usado, toda a poupança e financiou a diferença.

Alguém pode me explicar o motivo que levou estas pessoas a adquirir um bem com valor acima do dinheiro disponível? Por que elas não optaram por um negócio que envolvesse apenas metade do seu dinheiro?

Estes exemplos são reais e todos tiveram problemas: o primeiro não reservou dinheiro para a escritura, a mulher que comprou a franquia precisou recorrer a uma linha de capital de giro logo no segundo mês de operação da sua loja e aquele que comprou o carro ficou com o orçamento apertado quando começou a pagar as prestações.

Não se trata de um erro matemático. Todos são capazes de fazer a conta e verificar que o negócio é maior do que orçamento. Mas alguma coisa os levou a decidir pelo caminho do stress e das dificuldades financeiras.

Cada um deles demonstrava controle emocional sobre o dinheiro no dia a dia, tinham orçamento familiar equilibrado e dinheiro guardado. Mas na hora de fazer um negócio, contrariaram toda a lógica que lhes permitiu guardar dinheiro e usaram mais do que o saldo permitia.

Perguntei o motivo e obtive as seguintes respostas:
a) Eu me empolguei. Queria fazer o melhor negócio possível com aquele dinheiro;
b) Imaginei que se eu usasse todo o meu dinheiro, estaria realmente comprometida. Como se fosse uma prova de que dei tudo de mim, fiz o meu melhor pra este negócio dar certo;
c) Acho que caí na lábia do vendedor. O carro é realmente muito bom, mas eu não devia ter comprado.

Tivemos longas conversas durante o processo de coaching, refletindo sobre os motivos que levaram estas pessoas a quebrar a mais básica de todas as regras financeiras: gastar menos do que ganha.

Ainda que os motivos ainda não estejam bem claros para mim (talvez Freud explique) já elaborei uma nova recomendação a todos os disciplinados e poupadores:

Não use todo o recurso de uma só vez.

Ou seja, evite apostar todas as suas fichas num único lance do jogo. Para uma pessoa que sempre manteve investimentos, pode ser bem angustiante ficar sem dinheiro e com o orçamento apertado, depois de uma nova aquisição.

O melhor é reservar parte do dinheiro com você para ter folga financeira e quitar sem stress as despesas acessórias do negócio: imposto, escritura, comissões, reforma, capital de giro, emplacamento e outros que sempre aparecem.

Isto faz sentido pra você?
Espero que sim.

Grande abraço,

Publicado originalmente no Portal Bolso e Futuro

Depoimento sobre o livro: Aposentadoria Sem Medo

Fiquei muito feliz ontem ao receber um e-mail vindo da querida Minas Gerais.

São mensagens como esta da Leidimar que me motivam a continuar escrevendo.

Ela é psicóloga, possui um MBA em Administração e atua há mais de 10 anos no mundo corporativo atraindo e selecionando talentos. Agora ela vai coordenar um projeto de preparo para a aposentadoria.

Com este histórico profissional fica fácil perceber que o Aposentadoria Sem Medo foi feito pra ela, vejam:

"Olá Professor Samuel Marques!
Terminei de ler o seu livro “Aposentadoria Sem Medo”, e 
gostaria de parabenizá-lo pelo trabalho.

O material é de fácil entendimento, e motivador!

Estou com este presente nas mãos, a possibilidade de
implantar na empresa que atuo um PPA. A empresa 
atua no ramo da Saúde e da Educação no interior 
de MG, na cidade de Ipatinga.

Não poderia deixar de registrar o meu muito obrigada 
pelo material, e confirmar que darei notícias quando 
o programa for iniciado.

A palavra da vez é “austeridade” considerando o 
contexto regional e nacional. Sendo assim começarei 
com o PPA bronze, mas meu foco é chegar no Ouro!

Abraço carinhoso!
Atenciosamente,

Leidimar Oliveira



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Se você também é profissional de RH ou Serviço Social 
e está com o desafio de implantar na sua empresa 
o PPA - Programa de Preparo da Aposentadoria
leia gratuitamente o manual prático 
ou na imagem.



quarta-feira, 8 de abril de 2015


 3 Centavos... ou balinha de troco

3 Centavos. Que importância tem para você?

Foi notícia no meio jurídico a recente decisão dos tribunais da Justiça do Trabalho a respeito da quantia de 3 centavos.

Para recorrer de uma decisão do tribunal da Bahia, uma empresa deveria recolher R$ 9.617,29 em custas judiciais. O recurso não foi aceito porque o depósito tinha três centavos a menos.

Além de curiosa, a notícia alerta para um princípio de finanças pessoais. O Tribunal Superior do Trabalho em Brasília usou o seguinte argumento: a razão não é a quantia faltante e sim a abertura de um precedente, a quebra de um princípio.

Se fosse aceito o recurso, o que seria dito aos próximos que errarem o valor da guia? Se com 3 centavos passou, porque não com 10 centavos, 1 real ou 1.500 reais? Aberta a exceção, a famosa “brecha na lei”, todos poderão passar por ela.

Perceba que os bancos também estão atentos a cada centavo de todos os caixas da sua rede. Você poderia argumentar: ora, são apenas centavos. A resposta do banco seria: desprezar o controle destes centavos vai gerar um prejuízo de milhões. O problema não está na quantia, está na quebra do princípio de organização financeira.


Em finanças pessoais é a mesma coisa.

Alguns simplesmente não ligam para o troco em balas, para os 5 centavos que o cobrador do ônibus não devolve, para 1 real que fica com o taxista quando a corrida ficou em R$ 19,00 e você passa uma nota de vinte.

Quem não liga para os centavos geralmente não liga também para as taxas de juros, as tarifas, o custo de oportunidade. Na brecha dos centavos, passam os reais inteiros, as dezenas e os milhares.

A Associação dos Executivos em Finanças (ANEFAC) informa que 95% dos brasileiros contratam empréstimos sem saber qual é a taxa de juros da operação. Eu acredito que são os mesmos que não acreditam que 3 centavos mereçam atenção.

Ficou claro que para a Justiça brasileira e para os bancos mais vale a organização financeira, o controle, do que a quantia.

E no seu caso como funciona? 

Três centavos é dinheiro pra você?


Um abraço,
Prof. Samuel Marques
A Formiga e a Cigarra

Era uma vez um formigueiro altamente organizado e produtivo.

Nele trabalhavam milhares de formigas produzindo veículos de alto desempenho, sem deixar de lado a preocupação com o meio ambiente e a segurança de quem utilizaria seus produtos.

Certo dia uma cigarra foi contratada para trabalhar na linha de montagem e a formiga que chefiava o setor ficou encarregada de lhe passar as orientações de integração.

Depois de muita conversa a formiga chefe não teve certeza de que a cigarra entendeu todas as instruções, até porque ela vinha de uma outra cultura e não entendia bem o formiguês que era a língua oficial dos negócios das formigas.
A formiga chefe decidiu então que a convivência com os colegas de trabalho provavelmente iria ensinar tudo o que era preciso para o trabalho da cigarra.

O tempo foi passando e a convivência ensinou mesmo muita coisa. Mas alguns aspectos da cultura do formigueiro não eram percebidos pela cigarra, como por exemplo, o fato de que suas colegas formigas estavam estocando alimentos para o inverno.

Todos os meses as formigas reservavam parte da cota de alimento que recebiam na fábrica do formigueiro e levavam para suas próprias casas, onde guardavam em pequenos potes de conserva.  
Na concepção das formigas, parte do alimento recebido deveria ser reservado para fazer festa no futuro, no tempo do inverno. Por isto, assim que elas recebiam a comida, já separavam uma porção para o pote de conserva.
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Mas na cultura das cigarras era tudo bem diferente. Para uma cigarra todo alimento é motivo de festa no presente. Nada de esperar para depois.

É servir e comer tudo. Mantendo este hábito, a cigarra recebia seu alimento e sempre dava festas, consumindo tudo naquele mesmo mês, sem guardar nada para o inverno.

O assunto de fazer conserva de alimentos sempre era comentado no formigueiro, mas infelizmente a cigarra não prestava muita atenção porque achava aquilo muito estranho.

Na sua cultura natal ninguém guardava comida pra depois. Por que ela passaria a guardar agora?

Mas um belo dia, o inverno chegou. O formigueiro dispensou todos os colaboradores e como o frio era intenso, as formigas se recolheram em suas casas. Agora elas tinham bastante alimento e não precisavam sair no frio para encontrar alguma coisa.

Protegidas em seu abrigo com ar condicionado, elas faziam fondue de chocolate e convidavam os amigos para festejar o inverno, um tempo que para elas era de alegria e convivência em família, sem a necessidade de pensar em trabalho.

A cigarra, no entanto, sofreu bastante. Em vez de fazer festa e conviver com a família, ela precisou sair do seu abrigo e buscar comida num momento inadequado, passando frio e arrependendo-se de não ter seguido a cultura das formigas.

Felizmente o inverno passou e o formigueiro voltou à atividade. A cigarra foi chamada novamente para trabalhar e desta vez já havia compreendido melhor a cultura que reinava por ali, inclusive sobre fazer conserva de alimentos e considerar o inverno como um tempo de festa.

Ela conversou bastante com a formiga chefe e pediu conselhos sobre como ter mais tranqüilidade quando voltasse a fazer frio. Percebendo que ganhara uma nova chance, a cigarra se inscreveu num curso sobre como guardar comida em potes de conserva e ensinou tudo para sua família, de maneira que eles também passaram a ajudar nesta nova tarefa.

Hoje a cigarra tem bastante comida em conserva e não tem mais medo da chegada do inverno.

** Imagem: ilustração do projeto Gutenberg, postada na Wikipedia.

Prof. Samuel Marques

quarta-feira, 25 de março de 2015

6º ASPECTO DO PPA: SEGURANÇA JURÍDICA 

Olá eu sou Samuel Marques e apresentei a você os principais aspectos de um PPA.

Lembrando que todo o conteúdo dos 6 aspectos do PPA podem ser acessados na página de vídeos deste Blog. 
  
Hoje será o nosso último tema  segurança jurídica

Segurança jurídica pessoal e familiar é um tema que tenho proposto com muito sucesso nos PPA em que o Instituto Samuel Marques atua.
  
Trata-se das reflexões sobre a necessidade de regularizar documentos pessoais, patrimoniais e a possibilidade de dispor o destino dos bens com o menor impacto possível.

Como advogado, eu atuei num inventário que se arrastou por 25 anos, causando enorme prejuízo emocional e financeiro para todos os envolvidos.

Regularizar documentos pessoais significa colocar em ordem as coisas que vamos deixando pra depois: 
  •  imóveis sem escritura,
  • escrituras sem averbação de reformas, veículos comprados que continuam em nome de terceiros, veículos vendidos que continuam sem transferência e coisas deste tipo.

 A pergunta a se fazer é: 
  • existe segurança jurídica para sua família a respeito de todos os bens?

 E mais:
  •  Se existe um seguro de vida, quem vai receber?
  • Se existe previdência privada, quem são os beneficiários?
  • Se existe dinheiro aplicado no banco, a conta é conjunta?

Muita gente não quer pensar no assunto, mas no caso de uma fatalidade o dinheiro que está no banco ficará indisponível até que se consiga uma ordem judicial.

 O PPA pode propor reflexões sobre a possibilidade dos participantes: 
  • Cuidarem da herança ou inventário de seus pais;
  • Fazer um testamento dos próprios bens;
  • Doar os bens em vida, reservando o usufruto;
  • Colocar os imóveis numa empresa, para reduzir a carga tributária;

Atendi em coaching um funcionário público que ocupava um alto cargo em sua repartição. Ele era solteiro, sem filhos, os pais já falecidos e ele queria saber como poderia dar o destino desejado aos seus bens.

Sem ter um único familiar ele queria proporcionar segurança jurídica quanto a  alguns bens, para pessoas de seu convívio.

Atitude louvável que todos podem adotar.
  

O conhecimento sobre segurança jurídica dos bens pode ser muito útil para os participantes do seu PPA.

Prof. Samuel Marques.